Primeira aula!

Opa!

Dando início agora ao acompanhamento real da disciplina, vamos revisar rapidamente o que vimos na aula passada (segunda-feira, 08/08).

Como todos sabem, estamos na UNIDADE 1, que trata dos elementos visuais da mensagem publicitária. Segundo Dondis, são 10 os elementos básicos da linguagem visual: o ponto, a linha, a forma, a direção, o tom, a cor, a textura, a dimensão, a escala e o movimento. E foi exatamente o que vimos na aula passada, ressaltando as principais características desses elementos aplicados aos anúncios publicitários. Neste post, falaremos um pouco de alguns deles, mas não de todos.

 Fonte: Elements of Design Quick Reference Sheet

Quando conhecemos esses elementos, somos capazes de enriquecer nosso trabalho explorando melhor suas propriedades. Por exemplo...

Em direção de arte, devemos expandir nossa compreensão sobre os pontos. Um ponto pode ser simplesmente uma unidade, como pode ser um ponto de atenção num anúncio*. Comumente, as assinaturas dos anúncios tem um comportamento pontual.

*Convencionalmente, um bom anúncio conta com 3 ou no máximo 4 pontos de atenção.

Os pontos são essenciais. Toda imagem é formada por pontos, seja em retícula ou em pixels. Quando agrupados, os pontos formam uma imagem.

Ou uma simples repetição, que pode ser quebrada para causar surpresa.

Podem também formar texturas ou linhas...

Podemos nos apropriar dos elementos básicos com criatividade, como na peça acima usando linhas em duplo sentido. Ao compor uma peça onde as linhas são dominantes, deve-se escolher bem o estilo que elas vão ter.

As linhas são muito importantes para dar personalidade ao anúncio, podendo deixá-lo estático, dinâmico, sofisticado...

São elas que descrevem as formas, por isso a importância de treinar o olhar e aprender a ler as linhas e as formas nas imagens. Na natureza, as linhas orgânicas são mais frequentes...

Treinando o olhar, podemos identificar a direção das linhas e das formas. Inclusive na fotografia, onde o bom uso das direções de olhares, braços, locações, etc, rende resultados interessantes. Especialmente se aliados aos demais elementos da peça.

Também é importante ressaltar a importância das variações tonais nas imagens. O tom independe da cor e diz respeito à variação do branco ao preto, à relação luz e sombra, ao modo como a luz incide dos objetos. Sendo assim, influencia na dramatização dos anúncios. Ele pontua e torna os objetos tridimensionais, é responsável por conferir volume às formas. As variações tonais mais sutis são mais realistas, menos artificiais.

Lembrando também que hoje existe uma tendência muito forte de usar gradientes nas identidades visuais. O que antes era evitado devido à baixa visibilidade nos impressos, hoje evoluiu com a internet e a tecnologia pc e mobile, com telas onde se vê gradientes com perfeição. Várias marcas foram reformuladas para se adequar à era da web 2.0, 3.0, ... ∞

Como exemplo, vimos também em sala o vídeo sobre o rebrand da RTVE, rede televisiva espanhola:

A recomendação é: evitar usar os gradientes automáticos dos softwares de edição de imagem, assim como todas as ferramentas automáticas, em prol de uma comunicação singular, menos artificial. Pensemos os softwares ;)

Um último papo sobre texturas. Esse elemento tão vasto no nosso cotidiano visual, mas de tão difícil escolha. As texturas podem ser bitmaps (realistas), vetoriais (artificiais) ou híbridas (por ex. sobrepondo uma textura ornamental vetorizada a uma textura bitmap de uma parede).

Na publicidade, as texturas carregam todo um significado que pode ser explorado de acordo com a campanha, como essa da Nissan:

Bom, comentamos acima apenas alguns dos elementos básicos. O mais importante é ter em mente usá-los com neutralidade e aplicá-los de maneira criativa, inclusive nas assinaturas visuais.

Comentários sempre são bem-vindos! Até a próxima aula!
:)